Existe um princípio único para todas as coisas. De outro modo, a investigação do espaço profundo revelaria elementos e eventos desconhecidos. Porém, a história de 13,8 bilhões de anos de existência do cosmos nos mostra, em termos físico-químicos, o mesmo Universo o tempo todo. Essa unidade é a base para a lógica, a razão e a própria vida. A Terra sendo uma amostra da vida universal, é natural concluirmos que, diante dessa unidade, observada pelos telescópios, a vida deve seguir o mesmo padrão em todos os lugares, regida pelas mesmas leis. O que chamamos de “Deus”, a causa das causas, é, na verdade, o que realmente existe, um princípio incriado cuja natureza e propósito, por ora, nos são desconhecidos. Por isso, a lógica de um cosmos unido dá sentido a tudo o que existe, ao contrário das teses que imaginam universos paralelos.
A busca por essa unidade é uma jornada milenar da sabedoria humana. Filósofos e cientistas, em diferentes épocas, tentaram desvendar essa “teoria de tudo”. Albert Einstein, por exemplo, dedicou seus últimos anos à busca de uma teoria do campo unificado, tentando provar que as leis da natureza são, no fundo, uma só. Essas investigações legítimas são a prova de que a mente humana, mesmo com suas limitações, anseia por desvendar o mundo abstrato de Deus e o que está além do que se pode comprovar.
No entanto, essa busca por uma causa primeira, que necessariamente exige um agente criador, desaparece do espírito científico quando a questão se volta à existência de Deus. E se a imagem do Criador não for o que as religiões apregoam, mas a própria inteligência que orquestra e mantém o Universo em plena execução?
Diante desse cenário, a nossa solidão no cosmos é somente um paradoxo de nossa própria imaturidade. Em uma galáxia com centenas de bilhões de estrelas, muitas delas com bilhões de anos à nossa frente, a existência de outras civilizações não é uma possibilidade, mas uma certeza. O que nos impõe o isolamento, não são as limitações da tecnologia, mas o baixo desenvolvimento intelectual e, consequentemente, a nossa incapacidade de lidar com o avanço do conhecimento. Para que usaríamos a capacidade de viajar instantaneamente para as estrelas? Para comércio? Disputas? Guerras? Nossos anseios mais primitivos nos tornam inaptos para o contato cósmico. O famoso paradoxo de Fermi, amplamente utilizado pelos cientistas, questiona a existência de outras civilizações, com a pergunta: se estão lá, por que ainda não apareceram? Evidentemente, o físico italiano ignorava a óbvia razão: o problema não é deles, mas nosso.
O Universo segue o curso predeterminado pelo Criador. Civilizações avançadas, por serem mais antigas e mais evoluídas, já teriam superado as limitações do espaço-tempo. Esses seres, humanos como nós, acompanham o desenvolvimento da Terra desde o princípio da nossa história. Eles são os emissários, os “anjos” e “senhores” que aparecem nas lendas dos povos antigos, especialmente na história de Israel. Foram eles que vieram para ensinar princípios, que trouxeram à nossa civilização os fundamentos para o progresso. Suas ações, registradas nas Escrituras, não foram “sobrenaturais”, mas a manifestação de uma ciência e um conhecimento que, em nosso atraso, só pudemos interpretar como milagres.
É chegada a hora, no entanto, de a Terra deixar esse anonimato cósmico para integrar outra classe de mundos. A grande crise apocalíptica, na sua essência, é um processo de aprimoramento para nos preparar para esse salto evolutivo gigantesco. O planeta não será destruído, mas ajustado em sua rota. No auge da crise e depois dela, a humanidade vai receber a visita de outra civilização. Então veremos “descer dos céus” aqueles que, há tempos idos, foram chamados de “senhores”, cujas histórias geraram crenças e religiões. A visita desses seres não será um milagre, mas uma ação concreta para nos ajudar a sair do desastre causado pela nossa ignorância. A esperança reside no reconhecimento dessa unidade de vistas, na redescoberta da ciência de Deus, para a humanidade poder, enfim, viver em harmonia com as leis eternas da vida universal.
Atualizado em 01–11/2025